quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bukowski, Charles. Olá, montros, bem-vindos ao Maníacos




O
amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece
. - Charles Bukowski

O Velho Buk

Bukowski, considerado um dos ''escritores malditos norte-americanos'', tem sua origem alemã. Buk, ou Velho Buk, para os admiradores mais íntimos, é conhecido pela sua linguagem coloquial e em maioria agressiva. ''A diferença entre Bukowski e outros malditos é que ele não foi um mártir, nem um anjo caído. Às vezes, quando cai, cai atirando, sem autopiedade. Alguns de seus diálogos são memoráveis, e a violência de sua linguagem geralmente oculta uma indisfarçável ternura pelos perdedores e excluídos.'' Assim diria Marcos Santarrita, que traduziu alguns de seus livros.

O Velho Buk fez de sua jornada entre bebidas, cigarros, mulheres, muitas das vezes prostitutas, uma jornada de sagacidade singular, em historias que ecoarão pelos séculos, atraindo como sua maioria de leitores, jovens, que procuram um autor com quem simpatizar.

"A raça humana exagera em tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância."

Entre suas obras mais conhecidas está MISTO-QUENTE, a primeira obra que eu li, um livro que me acompanhou durante noites de leitura que pareciam intermináveis, ou que pelo menos eu queria que fossem. Misto-quente narra a história de Henry Chinaski, que representa o alter ego do nosso querido autor, é um personagem praticamente autobiográfico, ele vive praticamente como Bukowski viveu, em algumas de suas histórias os relatos são fieis à vida do autor. Livro que eu recomendo com muito orgulho!


Eu poderia falar horas e horas, linhas e linhas sobre esse grande autor. Mas prefiro que vocês descubram sozinhos o quão bom é Charles Bukowski!

O Velho Safado

Uma óptima leitura pra vocês.

O Maníaco

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

(THE DARK PASSENGER – Dexter) Olá, monstros, bem-vindos ao Maníacos!

ATENÇÃO! Esse post revela partes do enredo do seriado Dexter. Em outras
palavras, há SPOILERS. Prossiga por sua conta e risco.

Este texto é o primeiro de um projeto em que cada maníaco escolherá um
psicopata, fictício ou real, para escrever sobre. Como o título já diz, nós escolhemos
o Dexter. A continuidade deste projeto é de exclusiva responsabilidade do
Maníaco que não escrever.


Dexter Morgan é um serial killer que mata apenas "bad guys". Ele é
um justiceiro que dispensa máscaras propriamente ditas. Mas ele também
se esconde para poder continuar com sua tarefa que, apesar de beneficiar
toda Miami, é egoísta. Dex, para os mais íntimos, mata para saciar sua mania
de matar. Ele precisa disso. Quando passa muito tempo sem matar, ele fica
nervoso, estressado e insatisfeito.

Este serial killer é um analista forense de derramamento de sangue que
trabalha para a polícia de Miami. Apesar de ajudar a desvendar muitos
homicídios, ele somente consegue sentir-se vivo quando tem um criminoso que
a polícia não conseguiu pegar, muitas vezes graças ao Dexter, em sua mesa.
Dexter é um sujeito extremamente metódico. Ele possui um ritual para matar, seu 'M.O.' (Modus Operandi, que todo serial-killer apresenta)
não é simplesmente escolher a vítima e matá-la como melhor lhe convier. Tal
ritual foi, em partes, criado por Harry, seu pai adotivo. Harry auxiliou Dexter enquanto esse era mais jovem, de forma que criou um código a ser seguido
fielmente por seu filho, "O Código de Harry", para que ele não fosse preso devido aos seus impulsos assassinos.


Dexter possui um passado obscuro: quando tinha apenas três anos viu sua
mãe ser assassinada em um container, no que foi um verdadeiro banho de
sangue. No decorrer da primeira temporada, Dexter relembra aos poucos o que
realmente ocorreu naquele dia e, assim, revela o porquê dele ser como ele é.
Para conseguir esta catarse, Dexter teve a ajuda de uma pessoa de extrema
importância para a sua vida, sem a qual ele não teria lembrado da sua mãe
biológica nem entendido o real motivo de ele ter virado um serial killer. Esta
pessoa, Brian, é como um espelho para o Dexter, um espelho que mostra o que
ele teria se tornado sem o auxílio do Harry.

“Blood never lies” Dexter Morgan

Dexter é um justiceiro que vive em uma contradição moral. Ele mesmo afirmou
como é estranho se sentir mal por magoar Rita (sua namorada) mas não por
matar pessoas. Por um lado ele é um monstro que foi ensinado a fingir todas
as emoções e que se sentia entediado por isso. E por outro ele é um justiceiro
amigável que se importa com sua família. Apesar de ele próprio se considerar
um monstro, Dexter é muito mais humano do que outros personagens da série.
Ele anseia por poder viver uma “vida normal” livre da necessidade intríseca
de matar. Ou, como muitas vezes ele cita durante parte da série, livre de
seu “Dark Passenger”.

"We try to make things right. Even me." Dexter Morgan

Apesar de tudo, consideramos o Dexter um ser humano como qualquer outro. Com
dúvidas e conflitos que o tornam tão humano e faz com que a maioria das
pessoas se identifique e goste dele. Será mesmo Dexter um psicopata? Achamos
que não. Psicopatia é caracterizada pela ausência total de sentimentos. Dexter
os tem. Ele é apenas uma pessoa com uma enorme necessidade de matar. Um
homem com uma mania condenável pela sociedade.

Procurando não revelar muitos detalhes, preferimos não nos aprofundarmos na série. Encerraremos este post com uma frase dita pelo Dexter na 5ª temporada: "They
make it look so easy: connecting with another human being. It's like no one
told them it's the hardest thing in the world."

Os maníacos agradecem a sua visita.

Postado por: Manuella, Melina e O Maníaco
Idealizado por: Manuella e Melina